sexta-feira, 24 de junho de 2016

UK SEM GOVERNO, FORA DA EUROPA E SUJEITO A ESPARTILHAR-SE


Peço desculpa ter que dizer isto, mas acho (mesmo e não estou a brincar) que ninguém explicou lá muito bem aos ingleses que este referendo era mesmo a sério e não um faz de conta. E digo-o mesmo sabendo que por aqueles lados em certos momentos se vai notando alguma sobranceria. Veja-se o caso da moeda única, que não quiseram nunca aceitar. Gostam muito de olhar pró outro lado, prós States!
Acho que uma decisão tão importante e com um alcance destes, talvez precisasse de uma maioria de pelo menos três terços dos votantes. 52%, 48% parece-me escasso para uma decisão tão radical. Veja-se o que se passa em referendos ou votações para mudar uma “Constituição” ou outros documentos de especial importância na organização de um Estado e na vida das pessoas, a exigirem maiorias de outra grandeza.
Talvez o Sr. "Cameron" devesse ter pensado nisto antes, em vez de o fazer com a ligeireza com que o fez. Depois admiram-se com os populismos, os radicalismos, os racismos e as xenofobias.
Como a saída do Reino Unido tem que ser solicitada pelo 1º Ministro em funções e como o atual está demissionário e indisponível para o fazer, até que haja um novo 1º Ministro, muita água vai passar por cima do túnel da “Mancha”.
Esperam-se outros referendos no Reino Unido e noutros países, muita radicalização, nacionalismos, populismos e extremismos. Vamos ver de que fibra são feitos os atuais lideres desta Europa periclitante.


MF

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