quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

RETROSPETIVA DE 2014 EM ESPOSENDE

«2014 EM ESPOSENDE»
RETROSPETIVA
Esposende viveu o ano de 2014 com uma grande dinâmica e acontecimentos que marcaram o nosso dia-a-dia e o desenvolvimento do nosso concelho. A Câmara concluiu algumas obras de especial importância e pôs em marcha projetos para a concretização a curto e médio prazo. O governo passou por Esposende. Por cá, passearam-se vários Ministros e o próprio Primeiro-Ministro, Passos Coelho, a inaugurar o novo Centro Educativo de Forjães. A Galaicofolia, o Festival Sons de Verão e a Feira Medieval trouxeram até nós milhares de forasteiros. As torres e o Hotel de Ofir também atraíram a atenção popular e dos “média”, pela ameaça de ruína provocada pelo mau tempo e pelo avanço do mar. Politicamente, tivemos um PSD discreto e ao serviço da maioria, um PS constrangido mas a marcar pontos na oposição ao executivo, um CDS em coligação e no apoio às políticas sociais-democratas e uma CDU do contra na Assembleia Municipal.
Este final de ano trouxe-nos um “Benjamim Pereira” a emergir, um “João Nunes” a renascer, uma “Berta Viana” a apoiar e um “Manuel Carvoeiro” a contraditar!
BENJAMIM PEREIRA [E O PSD]
Não sendo nada fácil suceder a um líder como João Cepa, pelo seu carisma, dinâmica empreendedora e visão futurista, Benjamim Pereira, está, paulatinamente a superar as expectativas iniciais. Se no início foi bastante criticado por se resguardar de mais, por não aparecer, por não falar à imprensa, os últimos tempos têm-nos mostrado um Presidente com uma nova atitude, com mais presença e com mais ação. A continuar com este percurso ascendente, começa a deixar a sua própria marca na governação do Município. Fechar o ano de 2014 com um “superavit” superior a 3 milhões de euros e uma execução orçamental a ultrapassar 90% parece-me digno de registo. Importa agora investir e concretizar os projetos em programa. Faço um balanço globalmente positivo destes 14 meses de presidência e espero ver concretizado o promissor programa de ação apresentado aos Esposendenses e maioritariamente sufragado nas últimas autárquicas pelo PSD.
PS
O Partido Socialista parece viver momentos de alguns equívocos, com divergências internas a vir a público e a mostrar algumas discordâncias entre os eleitos à vereação e à Assembleia Municipal e a estrutura politica. João Nunes parece ter renascido politicamente, mostrando uma atuação mais assertiva e atuante. Alguém que percebe de números e que tem colocado enfase nos orçamentos e contas do Município. O episódio do PDM, onde abandonou uma reunião da Câmara por discordar da metodologia da maioria, obrigando-a a retificar, deu-lhe visibilidade e credibilizou a sua atuação.
CDS
Com uma nova liderança concelhia, vem de um dos processos eletivos mais concorridos de sempre onde se bateram duas listas, uma afeta à atual vereadora, Berta Viana e encabeçada por Joaquim Escrivães e outra encabeçada por João Pedro Lopes. Esta última com grande visibilidade pública, tanto pela notoriedade do seu protagonista, como pela forma como usou as novas tecnologias para apresentar o seu programa. Por 1 se ganha e por 1 se perde, tendo a lista de Joaquim Escrivães conseguido mais 2 votos do que a sua opositora. A vereadora Berta Viana tem optado por um mandato algo discreto, apresentando propostas e apoiando grande parte das políticas da maioria e das decisões deste executivo, marcando presença pública nos eventos municipais, fazendo assim uma certa analogia com a coligação que governa Portugal [PSD/CDS].
CDU
Sem presença no executivo camarário, resta-lhe o “palco” da Assembleia Municipal onde o seu eleito tem mantido uma atuação acutilante, quase sempre muito critica às atuais politicas da Câmara, votando por regra contra os orçamentos e as contas do executivo. Manuel Carvoeiro conseguiu, ao longo dos tempos, criar a sua própria marca e um registo muito interventivo, com discursos de confrontação com o poder instalado.
PDM
A revisão do Plano Diretor Municipal de Esposende encontra-se a caminho da sua finalização, dando um claro sinal de que é tempo de olhar para o concelho com base na atual realidade, encontrando aqui respostas para o desenvolvimento económico e social.
ASSOCIAÇÕES, CLUBES E INSTITUIÇÕES
Esposende assistiu a uma grande transformação no funcionamento dos seus clubes e das suas apostas. O futebol profissional desapareceu em clubes históricos, substituído pelo trabalho com os mais novos e uma forte aposta na formação e mesmo numa diversificação de modalidades. Hoje temos o hóquei, a canoagem, com grandes campeões mundiais, o andebol, com grande sucesso, o karaté que também tem produzido campeões e várias outras modalidades a proporcionar o aparecimento de atletas de grande nível. Paulo Gonçalves, João Ribeiro e Teresa Portela, Joninhas Vilar, são exemplos de campeões Esposendenses.
MUSICA
O Coro dos Pequenos Cantores de Esposende acaba de editar o seu segundo CD, com grandes atuações em palcos de referência nacional. Há ainda um conjunto de jovens em bandas nacionais e mesmo com percursos a solo, como são caso disso Filipa Menina, Teresa Nunes, Diogo Costa e João Barbosa de entre outros.

CULTURA
Foi um ano com excecional produção literária, que contou com a apresentação de várias publicações das mais variadas áreas do conhecimento e de vários autores esposendenses, como; Penteado Neiva, Jorge Braga, Jorge Faria, Álvaro Maio, Susana Inês, Alice Costa e Ilda Daniela.
REDE SOCIAL, LOJA SOCIAL E IPSS’S
É por aqui que passa a execução das políticas sociais de apoio às pessoas e às famílias mais vulneráveis e mais necessitadas. A rede social conta com um conjunto de parceiros muito interventivos e proactivos na procura e na implementação de soluções destinadas aos mais frágeis. Uma das respostas sociais que destaco é a Cantina Social, pelo apoio às famílias que num determinado momento não têm recursos para fazer face à mais básica necessidade de um ser humano. O direito à alimentação. Muitas crianças dependem hoje deste serviço. O meu desejo é que tão breve quanto possível deixe de ser necessária esta valência, pois será sinal de que as pessoas deixam de necessitar.
UNIÕES DE FREGUESIAS
Um dos maiores fracassos da política governamental na reforma do poder local. É hoje inequívoco que estas Uniões nada acrescentaram a não ser a perda de voz das populações atingidas, a diminuição de atividades e o aumento das desigualdades. Quanto a poupanças também não vejo que estejam a acontecer, bem pelo contrário. Constato com enorme tristeza que ainda existem Presidentes de Junta que mais não fazem que assinar atestados, figurar em procissões e desperdiçar dinheiros públicos em atividades e ações de utilidade duvidosa, sem qualquer estratégia, sem uma gestão racional de recursos e com uma clara falta de atenção às prioridades e às necessidades dos fregueses. Obras, investimentos e atividades, mal se veem. Se pelo menos não desvirtuassem ou destruíssem o que de bom existia já era excelente. A tudo isto acresce uma clara inadaptação de algumas das atuais lideranças, que não conseguiram ainda, havendo mesmo quem não o vá conseguir nunca, tal a sua falta de visão, para adaptar as suas políticas às novas realidades de forma a diminuir o desinteresse dos fregueses por tudo que é “político” e politicas públicas locais. Saiam à rua e falem com as pessoas e vão entender aquilo que acabo de escrever. Claro que há exceções e vejo com agrado o esforço de algumas das Uniões para funcionar com a desejada normalidade, fruto de estratégias acertadas das suas lideranças. Por favor, não juntem um outro equívoco à asneira da extinção de freguesias levada a cabo pelo governo, ao tentar tratar igual aquilo que é, sempre foi e sempre irá continuar a ser… diferente.
Eu acredito nos nossos jovens, nos esposendenses, em Portugal e nos Portugueses e desejo a todos um excelente ano de 2015, preferencialmente melhor que este que agora terminou e, que todos atinjam os seus objetivos e realizações pessoais, profissionais e empresariais. Um abraço, com estima e consideração!
A finalizar aproveito para deixar enviar daqui votos de um ano de excelência para todos. Espero que 2015 seja um ano de OPORTUNIDADES [não de oportunistas], para os fundos do Portugal20’20, de ESCOLHAS, com as Legislativas em vista e de ESPERANÇA, com a economia a crescer e o emprego a aumentar.

MF


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