50ª CRÓNICA
Está prestes a completar-se um ano
desde que iniciei a minha participação com uma crónica semanal neste meio de
comunicação social esposendense – Jornal Notícias de Esposende.
Muito antes disso fui colaborador
regular com artigos de cariz mais informativo, trazendo aqui muitas notícias,
quer de acontecimentos, quer de atividades a realizar ou realizadas, desenvolvidas
no nosso concelho, ou que envolviam pessoas da nossa terra.
Não sendo uma experiência nova, uma
vez que há muito venho escrevendo para diversos órgãos de comunicação, em
blogues e em sites, esta participação trouxe-me um outro tipo de exigências,
essencialmente pela periodicidade semanal e pela regularidade com que o jornal
sai para as bancas. Como ponto prévio quero deixar, desde já, bem claro que nunca
cedi a pressões, nem para um lado nem para o outro. Nem àqueles que acham que
escrevo a favor da direita ou da esquerda, nem a favor do poder ou da oposição,
nem desta ou aquela instituição, clube ou grupo. Não escrevo para atacar nada
nem ninguém, mas simplesmente para abordar de uma forma imparcial e isenta
aquilo que considero que merece ser conhecido e analisado publicamente. Faço o
escrutínio, comprometendo-me a mim próprio, com total liberdade de pensamento e
de expressão. Assim continuarei.
Trago aqui, semanalmente, elogios,
quando acho que deve ser elogiado, críticas àquilo que considero merecedor de
reparos e acima de tudo, as minhas ideias, sugestões e até projetos e fico muito
satisfeito quando vejo atendidas muitas das minhas propostas e sugestões.
É com especial satisfação que vejo que
sou lido e comentado. Já sei que um determinado acontecimento pode ter
variadíssimas leituras, dependendo do momento, do local, dos protagonistas e do
ângulo em que é visto, observado e analisado. Há pessoas que podem ficar
insatisfeitas com o que escrevo e com aquilo que defendo, mas a essas,
posso-lhes garantir que nunca tive a intensão de atingir ninguém na sua honra
ou caráter.
Aqui, limito-me a analisar e avaliar
acontecimentos, atitudes e comportamentos e nunca a personalidade de ninguém. A
mim interessa-me o que determinada pessoa ou instituição faz ou deixa de fazer
e as implicações para a sociedade. O meu interesse vai para aquilo que é do
domínio público e nunca de foro privado.
O que eu quero é
contribuir para uma sociedade melhor informada, mais esclarecida e mais feliz.
Para um concelho mais desenvolvido e onde valha a pena viver.
Tenho recebido questões, comentários,
conselhos e sugestões de toda a índole. Nunca recebi ameaças diretas mas que há
pessoas que direta e/ou indiretamente já me tentaram condicionar, lá isso há e
a maior parte delas conheço-as muito bem e como sempre continuo a respeitá-las
e a ser imparcial na minha escrita.
Não ignoro que o ser humano é assim mesmo;
Aqueles que dizem bem de nós são os maiores, mas no dia em que disserem ou
reproduzirem alguma verdade que nos pode incomodar, passamos logo a inimigos de
estimação. Dos elogios enérgicos que eramos merecedores logo passamos a ser os
que pior escrevemos e tudo o que escrevemos passa a ser visto como escrito
contra alguém.
Garanto-lhes que comigo nunca foi, nem
nunca será assim. Tenho consciência que às vezes poderei atingir aqueles que
são mais sensíveis, mas como nunca discriminei ninguém, nem nunca escrevi a
favor ou contra alguém, continuo de consciência tranquila, porque aquilo que me
move é somente, como já referi, a realidade e a verdade de cada acontecimento.
Muitas pessoas perguntam-me se é fácil
manter, sem interrupção, uma crónica semanal de uma página, num jornal local.
Claro que não é fácil, porque sendo um concelho pequeno os temas não abundam e,
às vezes, é necessário ser-se criativo na procura de um tema. Mas atenção, por
outro lado, embora sejamos um pequeno concelho, com pouco mais de 30 mil
habitantes, com 15 Freguesias, há que dizê-lo, temos a sorte de ter um conjunto
de instituições com uma grande dinâmica que em permanência realizam atividades,
sejam desportivas, culturais ou sociais, de grande alcance e importância, o que
acaba por me facilitar a escrita. O que digo é que devido a esta forte
dinâmica, quer do Município, quer das demais entidades, públicas e privadas, a
maior parte das vezes, acabo por escrever em excesso, tendo quase sempre
dificuldade não para preencher a página, mas para cortar o excesso de palavras e
aqui sim tenho sempre alguma dificuldade em eliminar coisas que também eram
importantes, mas assim acabam por não poder sair o número em causa.
Tenho também que felicitar o
proprietário e diretor deste jornal pela forma amistosa como sempre me tratou,
nunca cedendo a pressões, que as teve, nem nunca por uma única vez me tendo
pedido ou sequer sugerido que não escreva seja o que for. Nunca me fez nenhuma
referência a não ser alguns elogios em determinadas crónicas pela coragem de
temas que por vezes abordo, sem olhar aos visados e ao estatuto que ostentam.
Também se impõe informar os caros
leitores, que pela minha escrita jamais recebi qualquer pagamento ou simples
contrapartida. Nunca me foi proposto, nem nunca o exigi. Escrevo pelo prazer
que isso me dá e por sentir que há quem leia e goste da minha escrita e da
forma como abordo as situações. No fundo, sinto-me satisfeito por estar a
contribuir para o desenvolvimento da minha terra, do meu concelho e da minha
região e por assim poder contribuir para a felicidade das pessoas.
As funções que venho desempenhando nas
mais variadas áreas, tanto no setor público como no privado, desde o
associativismo, nas Associações de Pais, Empresariais e Industriais, nas
Autarquias, presidente de Junta e líder da banca Municipal, na imprensa e em
variadíssimas áreas sociais e em muitas outras participações em organizações
institucionais e associações cívicas deram-me um conhecimento efetivo do
concelho, das suas instituições e da forma como gerir com grande critério e
rigor, recursos públicos e recursos privados.
Aquilo que espero é que todas as
pessoas que pelas mais diversas razões acabam por ser aqui trazidas entendam as
minhas palavras e referências como aquilo que em determinado momento penso
sobre a sua atuação. Afinal a maioria das pessoas que refiro são pessoas
conhecidas, a maior parte delas minhas amigas. Por isso, desculpem qualquer
coisinha!
Nesta primeira edição de 2015, publico
também um balanço do ano que findou, com uma análise geral ao que considero de
mais importante ter acontecido em Portugal, no mundo. Sobre Esposende, escrevo
um artigo à parte intitulado «2014 EM ESPOSENDE – RETROSPETIVA».
BALANÇO DE
2014 EM PORTUGAL E NO MUNDO
Um ano excecional, com acontecimentos bem marcantes; O
terrorismo ressurgiu, a Rússia agigantou-se, os Estados Unidos reforçaram a
liderança mundial e até já falam com Cuba, a União Europeia elegeu novos líderes
mas continua obediente à Alemanha e por cá, mais um banco faliu, a “troika”
partiu, o governo subtraiu, o presidente da república sumiu e a justiça…
emergiu.
Passos Coelho e Paulo Portas
livraram-se da “troika”. O PR abdicou dos seus poderes, garantindo vida eterna
à maioria. Salgado muito bem preparado foi ao parlamento pôr água benta na
comissão de inquérito aos milhões do espirito santo. António Costa apeou António
inSeguro da liderança do PS e viu a sua sombra, José Sócrates aprisionado,
depois de uma vida faustosa na cidade luz. Os Chineses já controlam a energia,
a banca e os seguros e os Angolanos têm forte participação nas
telecomunicações, na banca, na Galp e em muitas outras áreas da economia
portuguesa.
O Papa Francisco reforçou a imagem de
líder à escala mundial, ganhando o respeito e a admiração de fiéis de todas as
confições religiosas, de ateus a agnóstico, enfim, de todo o mundo. Com este
Papa a prática condiz com dialética e com os seus exemplos de simplicidade,
transparência e frontalidade.
Vimos a seleção portuguesa com uma
participação desastrosa na “Copa Mundial” no Brasil e o falecimento de Eusébio,
entretanto a caminho do panteão nacional. Ronaldo o melhor do mundo pela
segunda vez. Enquanto na Escócia foi rejeitada a sua própria independência, na
Catalunha luta-se por ela e por cá, depois do Fado e da dieta mediterrânica
vimos a UNESCO elevar o «Cante Alentejano» à categoria de património imaterial
da humanidade. Em África, a epidemia do ébola já levou a vida a milhares de
pessoas. Em Portugal foi a “legionella” a levar à morte mais de uma dezena de
pessoas.
O terrorismo ressurgiu trazendo mais insegurança
e intranquilidade ao mundo, em especial à zona do médio oriente. As execuções e
as decapitações, levadas a cabo pelo EI e transmitidas pela internet
aterrorizaram governos e populações e obrigaram a um reforço na segurança
mundial. Este foi o ano da justiça; BES e GES, Face oculta e Vara, remédio
santo, vistos gold, operação marquês e José Sócrates e a sua narrativa que neste
último mês centrou as atenções à volta do E.P. de Évora.
Nota: A versão editada no jornal saiu com algumas falhas/cortes. Terá desaparecido o primeiro parágrafo e o décimo nono está incompleto.
Mário Fernandes
03-01-2015Mário Fernandes
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