segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

50ª CRÓNICA NO JORNAL NOTÍCIAS DE ESPOSENDE


50ª CRÓNICA
Está prestes a completar-se um ano desde que iniciei a minha participação com uma crónica semanal neste meio de comunicação social esposendense – Jornal Notícias de Esposende.
Muito antes disso fui colaborador regular com artigos de cariz mais informativo, trazendo aqui muitas notícias, quer de acontecimentos, quer de atividades a realizar ou realizadas, desenvolvidas no nosso concelho, ou que envolviam pessoas da nossa terra.
Não sendo uma experiência nova, uma vez que há muito venho escrevendo para diversos órgãos de comunicação, em blogues e em sites, esta participação trouxe-me um outro tipo de exigências, essencialmente pela periodicidade semanal e pela regularidade com que o jornal sai para as bancas. Como ponto prévio quero deixar, desde já, bem claro que nunca cedi a pressões, nem para um lado nem para o outro. Nem àqueles que acham que escrevo a favor da direita ou da esquerda, nem a favor do poder ou da oposição, nem desta ou aquela instituição, clube ou grupo. Não escrevo para atacar nada nem ninguém, mas simplesmente para abordar de uma forma imparcial e isenta aquilo que considero que merece ser conhecido e analisado publicamente. Faço o escrutínio, comprometendo-me a mim próprio, com total liberdade de pensamento e de expressão. Assim continuarei.
Trago aqui, semanalmente, elogios, quando acho que deve ser elogiado, críticas àquilo que considero merecedor de reparos e acima de tudo, as minhas ideias, sugestões e até projetos e fico muito satisfeito quando vejo atendidas muitas das minhas propostas e sugestões.
É com especial satisfação que vejo que sou lido e comentado. Já sei que um determinado acontecimento pode ter variadíssimas leituras, dependendo do momento, do local, dos protagonistas e do ângulo em que é visto, observado e analisado. Há pessoas que podem ficar insatisfeitas com o que escrevo e com aquilo que defendo, mas a essas, posso-lhes garantir que nunca tive a intensão de atingir ninguém na sua honra ou caráter.
Aqui, limito-me a analisar e avaliar acontecimentos, atitudes e comportamentos e nunca a personalidade de ninguém. A mim interessa-me o que determinada pessoa ou instituição faz ou deixa de fazer e as implicações para a sociedade. O meu interesse vai para aquilo que é do domínio público e nunca de foro privado.
O que eu quero é contribuir para uma sociedade melhor informada, mais esclarecida e mais feliz. Para um concelho mais desenvolvido e onde valha a pena viver.
Tenho recebido questões, comentários, conselhos e sugestões de toda a índole. Nunca recebi ameaças diretas mas que há pessoas que direta e/ou indiretamente já me tentaram condicionar, lá isso há e a maior parte delas conheço-as muito bem e como sempre continuo a respeitá-las e a ser imparcial na minha escrita.
Não ignoro que o ser humano é assim mesmo; Aqueles que dizem bem de nós são os maiores, mas no dia em que disserem ou reproduzirem alguma verdade que nos pode incomodar, passamos logo a inimigos de estimação. Dos elogios enérgicos que eramos merecedores logo passamos a ser os que pior escrevemos e tudo o que escrevemos passa a ser visto como escrito contra alguém.
Garanto-lhes que comigo nunca foi, nem nunca será assim. Tenho consciência que às vezes poderei atingir aqueles que são mais sensíveis, mas como nunca discriminei ninguém, nem nunca escrevi a favor ou contra alguém, continuo de consciência tranquila, porque aquilo que me move é somente, como já referi, a realidade e a verdade de cada acontecimento.
Muitas pessoas perguntam-me se é fácil manter, sem interrupção, uma crónica semanal de uma página, num jornal local. Claro que não é fácil, porque sendo um concelho pequeno os temas não abundam e, às vezes, é necessário ser-se criativo na procura de um tema. Mas atenção, por outro lado, embora sejamos um pequeno concelho, com pouco mais de 30 mil habitantes, com 15 Freguesias, há que dizê-lo, temos a sorte de ter um conjunto de instituições com uma grande dinâmica que em permanência realizam atividades, sejam desportivas, culturais ou sociais, de grande alcance e importância, o que acaba por me facilitar a escrita. O que digo é que devido a esta forte dinâmica, quer do Município, quer das demais entidades, públicas e privadas, a maior parte das vezes, acabo por escrever em excesso, tendo quase sempre dificuldade não para preencher a página, mas para cortar o excesso de palavras e aqui sim tenho sempre alguma dificuldade em eliminar coisas que também eram importantes, mas assim acabam por não poder sair o número em causa.
Tenho também que felicitar o proprietário e diretor deste jornal pela forma amistosa como sempre me tratou, nunca cedendo a pressões, que as teve, nem nunca por uma única vez me tendo pedido ou sequer sugerido que não escreva seja o que for. Nunca me fez nenhuma referência a não ser alguns elogios em determinadas crónicas pela coragem de temas que por vezes abordo, sem olhar aos visados e ao estatuto que ostentam.
Também se impõe informar os caros leitores, que pela minha escrita jamais recebi qualquer pagamento ou simples contrapartida. Nunca me foi proposto, nem nunca o exigi. Escrevo pelo prazer que isso me dá e por sentir que há quem leia e goste da minha escrita e da forma como abordo as situações. No fundo, sinto-me satisfeito por estar a contribuir para o desenvolvimento da minha terra, do meu concelho e da minha região e por assim poder contribuir para a felicidade das pessoas.
As funções que venho desempenhando nas mais variadas áreas, tanto no setor público como no privado, desde o associativismo, nas Associações de Pais, Empresariais e Industriais, nas Autarquias, presidente de Junta e líder da banca Municipal, na imprensa e em variadíssimas áreas sociais e em muitas outras participações em organizações institucionais e associações cívicas deram-me um conhecimento efetivo do concelho, das suas instituições e da forma como gerir com grande critério e rigor, recursos públicos e recursos privados.
Aquilo que espero é que todas as pessoas que pelas mais diversas razões acabam por ser aqui trazidas entendam as minhas palavras e referências como aquilo que em determinado momento penso sobre a sua atuação. Afinal a maioria das pessoas que refiro são pessoas conhecidas, a maior parte delas minhas amigas. Por isso, desculpem qualquer coisinha!
Nesta primeira edição de 2015, publico também um balanço do ano que findou, com uma análise geral ao que considero de mais importante ter acontecido em Portugal, no mundo. Sobre Esposende, escrevo um artigo à parte intitulado «2014 EM ESPOSENDE – RETROSPETIVA».
BALANÇO DE 2014 EM PORTUGAL E NO MUNDO
Um ano excecional, com acontecimentos bem marcantes; O terrorismo ressurgiu, a Rússia agigantou-se, os Estados Unidos reforçaram a liderança mundial e até já falam com Cuba, a União Europeia elegeu novos líderes mas continua obediente à Alemanha e por cá, mais um banco faliu, a “troika” partiu, o governo subtraiu, o presidente da república sumiu e a justiça… emergiu.
Passos Coelho e Paulo Portas livraram-se da “troika”. O PR abdicou dos seus poderes, garantindo vida eterna à maioria. Salgado muito bem preparado foi ao parlamento pôr água benta na comissão de inquérito aos milhões do espirito santo. António Costa apeou António inSeguro da liderança do PS e viu a sua sombra, José Sócrates aprisionado, depois de uma vida faustosa na cidade luz. Os Chineses já controlam a energia, a banca e os seguros e os Angolanos têm forte participação nas telecomunicações, na banca, na Galp e em muitas outras áreas da economia portuguesa.
O Papa Francisco reforçou a imagem de líder à escala mundial, ganhando o respeito e a admiração de fiéis de todas as confições religiosas, de ateus a agnóstico, enfim, de todo o mundo. Com este Papa a prática condiz com dialética e com os seus exemplos de simplicidade, transparência e frontalidade.
Vimos a seleção portuguesa com uma participação desastrosa na “Copa Mundial” no Brasil e o falecimento de Eusébio, entretanto a caminho do panteão nacional. Ronaldo o melhor do mundo pela segunda vez. Enquanto na Escócia foi rejeitada a sua própria independência, na Catalunha luta-se por ela e por cá, depois do Fado e da dieta mediterrânica vimos a UNESCO elevar o «Cante Alentejano» à categoria de património imaterial da humanidade. Em África, a epidemia do ébola já levou a vida a milhares de pessoas. Em Portugal foi a “legionella” a levar à morte mais de uma dezena de pessoas.
O terrorismo ressurgiu trazendo mais insegurança e intranquilidade ao mundo, em especial à zona do médio oriente. As execuções e as decapitações, levadas a cabo pelo EI e transmitidas pela internet aterrorizaram governos e populações e obrigaram a um reforço na segurança mundial. Este foi o ano da justiça; BES e GES, Face oculta e Vara, remédio santo, vistos gold, operação marquês e José Sócrates e a sua narrativa que neste último mês centrou as atenções à volta do E.P. de Évora.
Nota: A versão editada no jornal saiu com algumas falhas/cortes. Terá desaparecido o primeiro parágrafo e o décimo nono está incompleto.

Mário Fernandes
03-01-2015

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