PERSPETIVAR 2015
Depois da retrospetiva e balanço do
ano findo, é necessário perspetivar o novo ano. Algo que deve ser feito por
todos e a todos os níveis; Na vertente pessoal, familiar, profissional e
empresarial. Deste balanço deve resultar um “memorando” connosco próprios no
sentido de reposicionarmos ações e definirmos metas e objetivos.
Aqui importa-me trazer a perspetiva
daquilo que acho que vai ser este ano de 2015, a nível geral, porque o balanço
pessoal esse foi feito e deu origem a um programa de «ações de melhoria”, nuns
casos e noutros a um aprofundar daquilo que venho fazendo, certo de que esta
caminhada pode ser sempre melhorada.
Assim, penso que este ano de 2015
promete trazer-nos muitas novidades e não são só políticas mas também
económicas e estruturais para um país que se começa a levantar de uma das mais
graves crises económicas de que há memória.
Vou fazer uma abordagem por tópicos,
para se tornar de leitura mais fácil, mais clara e mais direta;
PORTUGAL: O nosso país começa a refazer-se desta
austeridade que teima em continuar por cá, porque, fazendo-nos lembrar aquele
slogan da Toyota pois ao que parece também esta terá vindo para por cá ficar, tendo
trazido consigo um “brutal” aumento de imposto e a degradação do nível de vida
das pessoas. Não gosto do termo “classe média” porque acho que não deve haver
esta classificação por classe, por isso, digo que as portuguesas e portugueses
mais atingidos foram os remediados.
GRÉCIA: As eleições na Grécia, com fortes
possibilidades de levarem ao poder um partido de extrema-esquerda vai permitir
à Europa perceber que nunca há só um caminho e ao povo Grego que uma coisa é
prometer, principalmente quando o é na expectativa de nunca ter que o vir a cumprir
e outra é governar. Uma coisa é a teoria, outra bem diferente é a prática. Uma
coisa são os números, outra bem diferente, são as pessoas. Uma coisa é exigir,
outra é cumprir; Uma coisa é estar na oposição, outra é ser governo e ter que
governar, muitas vezes, ou quase sempre em condições bem adversas e muitas
vezes dependentes de terceiros. Os Gregos vão saber discernir entre o sonho e a
realidade.
POLITICA
EUROPEIA: Esta
questão grega vai provocar consciências e pode levar a uma adaptação e a um
redireccionamento da política europeia, das suas prioridades e da forma de
olhar para os Estados membros. Precisamos urgentemente de líderes com
capacidade para executar uma política efetivamente solidária e que valorize uma
Europa Social, que proteja os mais fracos.
PAPA
FRANCISCO: Deverá
continuar a ser um “farol”, a guiar um pensamento mais límpido e a liderar esta
vaga iniciada na limpeza de certos pecados perpetrados pela própria igreja. O
seu exemplo de simplicidade e de partilha deverá continuar a contagiar jovens e
menos jovens e a sua ação vai certamente continuar a marcar a agenda mundial.
LEGISLATIVAS: Por cá temos um longo período de
campanha eleitoral, com os partidos da maioria a tentar, agora, aliviar a
pressão sobre as pessoas e as empresas, sobre o IRS e o IRC, a ver se ainda vão
a tempo de caçar uns votitos que lhes permitam a continuidade no governo. Os
fundos estruturais vão certamente dar uma ajuda. O que parece não querer ajudar
são os números do desemprego que vinham dando um ar da sua graça e que agora
parecem voltar a trazer um aumento das pessoas sem emprego. O crescimento
económico esse pode ajudar, graças às exportações e aos fundos estruturais
maioritariamente destinados às grandes empresas e empresas exportadoras. Passos
e Portas já terão tudo combinado mas estão a guardar-se lá mais para a frente,
enquanto Costa se vai fazendo de invisível, para não dar nas vistas e assim não
ser obrigado a apresentar propostas e a comprometer-se com grandes promessas. A
CDU tenta manter o seu fiel eleitorado e o Bloco a tentar não perder muitos dos
seus eleitores para o novo Livre que poderá eleger, pela primeira vez e logo na
estreia, uma representação parlamentar.
PRESIDENCIAIS
[2016]: Os
candidatos começam a ser mais que muitos. Uns há que querem mas têm medo de
avançar, outros há a quem o exagerado calculismo impede que avancem e depois
existem ainda alguns que inesperadamente poderão aparecer, como alias já se
começa a perceber, pelas entrevistas e intervenções públicas de autoelogio e de
promoção pessoal. De um lado, da esquerda deve apresentar-se António Guterres e
uma outra personalidade com menos relevo, como Carvalho da Silva e/ou António
da Nóvoa. Da direita, Santana Lopes, que com o seu avanço pode muito bem condicionar
ou congelar outras candidaturas, como as de Marcelo, Rio e Durão de entre outros.
EURO
2016: Fernando
Santos, à espera de ser despenalizado pela FIFA, deverá continuar a comandar a
equipa a partir do banco e a gerir as nossas estrelas, como, Ronaldo, o agora
tri bola de ouro e seus companheiros, rumo ao tão desejado Euro a realizar na
França em 2016.
ESPOSENDE
O concelho de Esposende deve concertar
ações entre todos os seus agentes, desde os políticos aos económicos e sociais,
para reforçar a aposta em áreas tão importantes e prioritárias, como, a economia,
a indústria, a pesca e a agricultura, os serviços e muito em especial no
turismo.
O turismo deve merecer uma especial
atenção. Para tal devem ser envolvidos todos os agentes económicos, da
restauração à hotelaria e do comércio à indústria, no apoio aos produtos
locais, como o vinho, o mel, a gastronomia, a cozinha esposendense, as
clarinhas e tudo que nos diferencie e identifique e assim atraia clientes,
visitantes e turistas.
É importante que seja criada a ROTA
DOS MIRADOUROS, tal como a ROTA DO VINHO E DA VINHA e outras que mostrem as
potencialidades, produtos e riquezas do nosso concelho. A este propósito
aproveito para lembrar a necessidade de intervir no “Monte do Faro” em Palmeira
de Faro, que pela importância que representa no panorama dos montes concelhios
deve merecer um outro olhar e uma especial atenção, para que lhe seja dada uma
utilização diferente e diferenciadora, que enriqueça a oferta turística
concelhia. Para tal urge que se proceda à pavimentação da sua via publica de
acesso. Esposende deve ter apostas múltiplas para atrair público diversificado e
em diferentes épocas do ano. Os meses de veraneio estão por natureza garantidos
é necessário apostar em eventos e em roteiros para os restantes meses do ano. O
Monte de Faro, pela excelência da sua localização e pelo panorama que nos
permite uma observação de toda a orla costeira, merece a instalação de um
Miradouro, tal como já existe no Alto do Miradouro em Curvos. Por enquanto
único no concelho, com binóculo profissional de acesso e utilização gratuita.
AUTÁQUICAS
[2017] EM ESPOSENDE:
E para encerrar nada melhor do que falar desde já nas próximas Autárquicas a
realizar daqui por cerca de 2 anos. É público e notório que as Autárquicas a
ter lugar no ano de 2017 já começam a mexer. Esposende é um bom exemplo disso,
basta ver as recentes intervenções de vários protagonistas, a começar pela
própria área do PSD onde poderão mesmo vir a existir vários candidatos.
Aguardasse ainda a reentrada em cena de alguns dos presidentes de Junta que se
encontram a cumprir um mandato fora das presidências, por imposição da lei da
limitação de mandatos. Claro que com o passar do tempo são vários os fatores
poderão levar a novas situações e a muitas outras disputas. O que escrevo hoje
é o reflexo do que se me dá a observar pela atual conjuntura
politico/partidária. Daqui por 6 meses poderão muito bem vir a existir outros
cenários.
Que este seja, para todos, um bom ano!
Um apontamento final para reprovar energicamente
a nova limitação de circulação de automóveis, com certos anos, numa grande
parte da cidade de Lisboa. Este condicionamento aprovado pela Câmara Municipal
de Lisboa faz-nos parecer que estamos a viver num país rico, sem crise nem
austeridade, onde todos os cidadãos podem com a maior das facilidades trocar de
carro. Bem, não esquecendo que muitos dos carros antigos se encontram bem
estimados, em excelente estado de conservação e em perfeitas condições de
circular com segurança. Já aqui tenho condenado certo tipo de fundamentalismos
e este parece-me precisamente um dos que merece ser censurado. Haja bem senso.
NOTA FINAL: Por razões técnicas alheias ao autor a crónica da semana
passada acabou por sair com algumas falhas, como a falta do 1º parágrafo [Está
prestes a completar-se um ano desde que iniciei a minha participação com uma
crónica semanal neste meio de comunicação social esposendense – Jornal Notícias
de Esposende]; e o corte de um outro parágrafo no final da crónica. Pelo
sucedido pedimos as nossas desculpas.
17-01-2015
MF
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