Amanhã inicia mais um mês de Agosto.
Acontece que ao contrário daquilo que se verificava nos anos anteriores e fruto de certas politicas sociais, grande parte dos ATL do país, preparam-se para funcionar também durante o mês de Agosto (pela primeira vez).
Esta nova realidade deve levar-nos a reflectir sobre as politicas sociais e da família. É que embora pareça uma boa medida, ela acaba por ter efeitos contraproducentes e que podem ser muito nefastos para as famílias e para a própria sociedade.
Sabe-se que as crianças passam, já hoje, grande parte do tempo sem a presença dos pais ou familiares mais directos.
Senão vejamos: Ao levantar são levadas ao ATL, que por sua vez se encarregado de as levar à Escola ou ao Jardim-de-Infância (hoje são estabelecimentos integrados). Aí chegados, desenvolvem as suas actividades. Na hora do almoço, ou almoçam nos Estabelecimentos escolares os nos ATL. De tarde regressam às mesmas escolas e no final das actividades escolares, passam às actividades extracurriculares e destas passam de novo para os ATL. Não podemos deixar de ter em conta o facto de o dia para as crianças ter iniciado às 07 horas da manhã e o regresso a casa vir a verificar-se às 19 horas, ou seja, passadas 12 horas.
Chegados a casa, em muitos casos há que fazer os tpc’s e levar com “uns” pais saturados de mais um exausto dia de trabalho e sem pachorra para ouvir os seus próprios filhos, até porque dali a nada é hora de por os meninos a dormir.
Isto acontecia 11 meses no ano – porque nos períodos de férias lectivas, as meninas e os meninos, também passam os dias nos ATL.
A situação que me leva a escrever sobre este tema, prende-se com o facto de este ano estar já prevista a permanência ininterrupta das crianças durante os 12 meses do ano nos ATL. Nos casos em que isto se vier a verificar, não serão só os 12 meses ininterruptos, depois serão 24, 36 e por aí fora.
De facto muitas das crianças que a partir de amanhã deveriam entrar de férias da Escola, do Jardim, do ATL, não verão isso a acontecer e o tão desejado momento de passar alguns dias com os seus próprios pais e restante família lá se vai!!!
Sei bem o trabalho que hoje se desenvolve nos ATL, sei que se trata de serviços de excelente qualidade, garantida por óptimas profissionais, pessoas dedicadas, que olham pelos filhos dos outros, como se dos seus se tratasse.
Não é isso que está em causa, bem pelo contrário, pois os ATL que conheço – no caso concreto o do Centro Social de Curvos, o serviço prestado é um serviço de qualidade e merece-me toda a confiança, assim como à restante comunidade.
Acontece que ao contrário daquilo que se verificava nos anos anteriores e fruto de certas politicas sociais, grande parte dos ATL do país, preparam-se para funcionar também durante o mês de Agosto (pela primeira vez).
Esta nova realidade deve levar-nos a reflectir sobre as politicas sociais e da família. É que embora pareça uma boa medida, ela acaba por ter efeitos contraproducentes e que podem ser muito nefastos para as famílias e para a própria sociedade.
Sabe-se que as crianças passam, já hoje, grande parte do tempo sem a presença dos pais ou familiares mais directos.
Senão vejamos: Ao levantar são levadas ao ATL, que por sua vez se encarregado de as levar à Escola ou ao Jardim-de-Infância (hoje são estabelecimentos integrados). Aí chegados, desenvolvem as suas actividades. Na hora do almoço, ou almoçam nos Estabelecimentos escolares os nos ATL. De tarde regressam às mesmas escolas e no final das actividades escolares, passam às actividades extracurriculares e destas passam de novo para os ATL. Não podemos deixar de ter em conta o facto de o dia para as crianças ter iniciado às 07 horas da manhã e o regresso a casa vir a verificar-se às 19 horas, ou seja, passadas 12 horas.
Chegados a casa, em muitos casos há que fazer os tpc’s e levar com “uns” pais saturados de mais um exausto dia de trabalho e sem pachorra para ouvir os seus próprios filhos, até porque dali a nada é hora de por os meninos a dormir.
Isto acontecia 11 meses no ano – porque nos períodos de férias lectivas, as meninas e os meninos, também passam os dias nos ATL.
A situação que me leva a escrever sobre este tema, prende-se com o facto de este ano estar já prevista a permanência ininterrupta das crianças durante os 12 meses do ano nos ATL. Nos casos em que isto se vier a verificar, não serão só os 12 meses ininterruptos, depois serão 24, 36 e por aí fora.
De facto muitas das crianças que a partir de amanhã deveriam entrar de férias da Escola, do Jardim, do ATL, não verão isso a acontecer e o tão desejado momento de passar alguns dias com os seus próprios pais e restante família lá se vai!!!
Sei bem o trabalho que hoje se desenvolve nos ATL, sei que se trata de serviços de excelente qualidade, garantida por óptimas profissionais, pessoas dedicadas, que olham pelos filhos dos outros, como se dos seus se tratasse.
Não é isso que está em causa, bem pelo contrário, pois os ATL que conheço – no caso concreto o do Centro Social de Curvos, o serviço prestado é um serviço de qualidade e merece-me toda a confiança, assim como à restante comunidade.
O problema é o conceito de família que queremos, assim como o tipo de relacionamento que desejamos manter com os nossos filhos.
Então se os adultos estão sempre à espera que cheguem as tão desejadas e merecidas férias, não acontecerá o mesmo com as crianças e os adolescentes?
Não descoremos o carinho e a atenção aos nossos filhos, a troco de mais uns tostões que poderíamos ganhar, trabalhando permanentemente aos domingos e feriados, horas extras, e muitas vezes até, renunciando ao período de férias.
Então se os adultos estão sempre à espera que cheguem as tão desejadas e merecidas férias, não acontecerá o mesmo com as crianças e os adolescentes?
Não descoremos o carinho e a atenção aos nossos filhos, a troco de mais uns tostões que poderíamos ganhar, trabalhando permanentemente aos domingos e feriados, horas extras, e muitas vezes até, renunciando ao período de férias.
Os pais e as mães são os elementos mais importantes para o desenvolvimento saudável, para a prevenção e intervenção nas dificuldades dos filhos e da família.
É importante que os pais não se demitam da sua missão de educadores, nem esqueçam a responsabilidade que têm no futuro dos seus filhos e consequentemente da sociedade.
Ah… e não nos esqueçamos que o tempo passa a correr e que quando “acordarmos” já as nossos crianças serão adolescentes ou mesmo adultos.
...Óptimas férias!
...Óptimas férias!
MF
1 comentário:
Boa Noite!
Concordo em pleno e partilho da sua opinião!
É sempre importante e bom saber que como pai e voz activa numa comunidade tem ideias e valores que promovam o bem-estar eo crescimento harmonioso das "nossas" crianças!
Até breve
Joana Ruivo
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