sexta-feira, 25 de julho de 2008

ENTIDADE (DES)REGULADORA DA ENERGIA!


Há situações que me deixam indignado e que num país dito normal nem ao diabo lembrariam.
Todos conhecemos a táctica bem portuguesa do "xico-espertismo".
Então recordemos o que se tem passado na área da energia:

Primeiro caso:
Quem não se recorda da táctica usada pela principal empresa de electricidade, para aumentar os seus tarifários ao consumidor. Primeiro vem a entidade (des)reguladora e diz alto e bom som:

As tarifas vão aumentar 16%! A população sente-se indignada e manifesta-o. A dita empresa vem então, qual cordeirinho manso e diz: Não, não, estejam descansadinhos, porque afinal só vamos aumentar metade do valor anunciado.

A população fica felicíssima, pois acaba de ganhar um desconto de 50% no dito aumento do seu tarifário.

Estão a ver? Não é que funcionou mesmo! É que se nos fosse proposto um aumento de 8%, achávamos muito, mas como fomos ameaçados com 16% e só levamos metade, demo-nos por satisfeitos!!!

Segundo caso:
Pois então, eis que volta a entidade (des)reguladora e diz: É preciso que os cumpridores paguem os incobráveis da empresa de electricidade.

Não é preciso dispor de grande informação para sabermos que os ditos incobráveis não são originados nem pelos consumidores domésticos nem pelos pequenos consumidores, porque esses quando não pagam, a energia é-lhes logo cortada. Sendo assim, o que pretendiam mesmo era por os portugueses a pagar a factura... não sei de quem!

Neste caso dos incobráveis, podemos questionar três situações:
1) Porque é que os consumidores não são todos tratados da mesma forma?
2) A empresa de electricidade não é uma empresa com accionistas privados, que por acaso todos os anos têm proporcionado chorudos "dividendos"?
3) Afinal, quem são os tais incumpridores?

Eu pensava - até estes casos sucederem, que as entidades reguladoras de cada sector serviam essencialmente para regular o mercado, controlar e combater os excessos e exageros das empresas, e defender os consumidores, principalmente em sectores de actividade como este, em que ainda se verifica um monopólio!

...É bom que nos mantenhamos permanentemente atentos e vigilantes.

MF

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