PARA QUE SERVE A “UE”, SE
QUEM MANDA É A ALEMANHA?
“A Troika pecou contra dignidade dos cidadãos de Portugal, da Grécia e
também da Irlanda”.
Este ato de contrição foi proferido pelo presidente da Comissão Europeia,
Jean-Claude Juncker, que admitiu tal indignidade, reiterando ao mesmo tempo que
é preciso rever o modelo e não repetir os mesmos erros. "Não se coloca um funcionário perante um ministro". A
intervenção de Juncker [o Sr. do Lux-liks] verificou-se esta semana, perante o Comité
Económico e Social. Foi ainda mais longe "Mas
temos de aprender as nossas lições do passado e não repetir os mesmos
erros". Será?
Aqui está aquilo que qualquer português anda a afirmar há pelo menos 3 anos.
Aqui está aquilo que qualquer português anda a afirmar há pelo menos 3 anos.
Mas Juncker foi ainda mais longe
nas criticas ao seu antecessor, José Manuel Barroso, ao afirmar que "antes
não se falava em absoluto" na Grécia porque se "confiava cegamente no
que dizia a 'troika'", formada pela Comissão Europeia (CE), Fundo
Monetário Internacional e Banco Central Europeu. O atual presidente da CE insistiu
na ideia de que falta à "troika" legitimidade democrática, apesar de
considerar que as três instituições que a formam devem estar presentes na
estrutura. Pois, presentes é uma coisa, dirigi-la e dirigir os Estados aflitos
é outra coisa bem diferente.
O que é curioso é que estas
declarações se seguiram às do ministro das finanças da Alemanha, com a
complacência da ministra portuguesa com a mesma pasta.
Os ministros das Finanças da Alemanha, e de Portugal, questionados esta
quarta-feira, numa conferência em Berlim, sobre o que distingue o
"sucesso" do programa português do caso da Grécia, responderam que o
essencial é a confiança e a credibilidade e que o programa implementado em
Portugal foi um sucesso.
Pudera, à custa dos sacrifícios de todo um povo que luta contra
monstruosas injustiças e diferenças de tratamento. A Banca teve direito a ir ao
“pote” dos milhões, e o Estado a ir al bolso dos contribuintes. A carga fiscal
é mais que muita e asfixia as pequenas e médias empresas, deixando-as sem capacidade
de investimento e de reinvestimento muitas vezes de extrema importância para a
sobrevivência e consequente manutenção de postos de trabalho.
Sabendo nós que o governo português se “gaba” de ter em muitas das áreas
chave, ido muito além da troika, que dizer afinal das declarações destes
senhores ministros?
É verdade que os juros esta
semana contratados na venda da dívida pública [que expressão bonita esta:
Vender divida!] portuguesa foram os mais baixos dos últimos tempos, mas isso
por si só não significa que as dificuldades tenham passado, que as pessoas
vivam melhor e que as empresas respirem saúde financeira. As dificuldades das
pessoas são bem reais e o atual estado da economia ainda não permite sonhar.
É urgente, independentemente do
facto de nos aproximarmos de eleições, que o governo, este e o próximo aliviem
a carga fiscal e distribuam os fundos comunitários do “Portugal 2020” pela
economia, mas que não o faça só pelas grandes empresas, porque as microempresas
são em grande número aquelas que podem revitalizar o país no seu todo, do norte
a sul e do litoral ao interior. Aposte-se na economia real, nas empresas que
criem valor, que lutam pelo desenvolvimento das suas regiões e que criam
emprego.
Não são só as grandes empresas
que criam emprego, também criam, mas por outro lado também são aquelas que a
qualquer momento e sem justificação podem “voar” daqui para fora à procura de
melhores condições financeiras, de mão-de-obra mais barata e de locais onde os
custos de produção sejam inferior, como são caso disso muitos dos países do
oriente.
A questão que coloquei no título
desta crónica prende-se com o facto já por todos constatado de que é a Alemanha
quem decide o que é ou não bom para Portugal, para a Grécia, para a Irlanda e
para todos os outros Estados membros. Algo vai mal em países como a França, a
Itália e o próprio Reino Unido [estes mais sabidos, quiseram-se de fora do euro
e em aliança com os Estados Unidos], que não têm sabido honrar o seu passado,
deixando a sua independência à merce da poderosíssima Alemanha. Há uma clara
falta de respeito por governos democraticamente eleitos e pelos seus povos.
…Proponho uma alteração que dê
transparência e “legalize” o atual estado de coisas: O primeiro ministro da
Alemanha passa a ser, por inerência do cargo, o presidente da Comissão
Europeia. Assim, evitava-se esta desfaçatez e este faz de conta.
ISLÂNDIA DEU UM GRITO DE REVOLTA
A Islândia saiu da crise porque
"não deu ouvidos" à UE e
recusou a austeridade. Declarações do presidente
da Islândia, Olafur Ragnar Grimsson, que atribui parte do sucesso da
recuperação da Islândia ao facto de o país não ter dado ouvidos aos organismos
internacionais, especialmente à Comissão Europeia, que recomendavam a aplicação
de medidas de austeridade.
No ano de 2008, como bem nos
lembramos pelas notícias que nos iam chegando, deu-se o colapso da banca
Islandesa. Foi por aqui que a crise se instalou, a fazer lembrar a crise vinda
da América, com a falência de bancos como o Lehman Brothers, a catapultar a
crise para a Europa.
ACESSO A SITES TERRORISTAS PASSA A SER CRIME!?
Segundo foi tornado público, por
estes dias, vai ser crime aceder a websites que apelem ao terrorismo ou sejam de
organizações terroristas. Mas o que é isto? Alguém me explica como é que se
sabe o conteúdo de um site, antes de entrar nele. Criminalizar a criação destes
sites e a divulgação de conteúdo terrorista parece-me normal, agora que por
acaso os visite acho um exagero.
LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS LEVES?
Não, obrigado! Sou totalmente
contra. Não é pela legalização que deve passar o combate, mas pela pedagogia,
pelos bancos da escola, por políticas sociais de inclusão e pelo trabalho em
rede de todos os parceiros sociais – governo, municípios, autarquias locais,
associações e instituições de solidariedade. Se houver um trabalho conjunto, a
incidir em áreas como a educação, a saúde a ação social os frutos aparecerão.
Temos que apostar desde cedo nas nossas crianças, a começar pela família, passando
pela escola, clubes e demais instituições com influência na juventude.
LEGISLAÇÃO ANTI-CORRUPÇÃO!
Estiveram esta semana em
discussão no parlamento e vão de encontro ao desejo da grande maioria dos
portugueses no sentido de apertar prevaricadores e corruptos. Esta é uma área
muito importante que merece especial atenção para a credibilização da política,
dos políticos e da própria administração pública. Estou absolutamente
convencido que a grande maioria dos funcionários públicos são sérios, por isso
que é de toda a importância que se faça uma distinção separando o “trigo do
joio”. Felizmente, casos recentes começam a deitar por terra uma cerca ideia
instalada de que a impunidade é uma realidade e que os poderosos eram
intocáveis.
CARNAVAL EM ESPOSENDE
A cidade de Esposende teve a
oportunidade de assistir a dois cortejos carnavalescos. Um no domingo de tarde,
com início e fim na Avenida Marginal. Esteve bem, embora precise de melhorar o
modelo organizacional, pois a primeira metade encobriu um pouco o desfile da segunda,
por se ter cruzado com esta ainda antes de terminar. Faltou a entrada na
cidade, que poderia ter acontecido pelo Largo Rodrigues Sampaio, a terminar na Avenida
Rocha Gonçalves, em vez de voltar para traz na rotunda das piscinas. O desfile
da sexta-feira, organizado pela Esposende ambiente e dedicado à ecologia,
contou com a presença das escolas e instituições particulares de solidariedade
social do concelho e esteve muito bonito, com as crianças e idosos a desfilar
desde o Largo Rodrigues Sampaio, com passagem pela Rua Conde Castro, Largo Dr.
Henrique Barros Lima, Praça do Município e Rua 1º de Dezembro. A chuva ameaçou
mas acabou por se aguentar. Parabéns à pequenada que apesar do frio se exibiu
com toda a classe.
SACOS FURADOS
Estou totalmente solidário com o Sr.
Ministro do Ambiente em defesa do ambiente, da natureza e da sustentabilidade,
por isso que da minha carteira, entenda-se, jamais comprarei qualquer saco
plástico para o transporte das “compras” até casa. Esta nova fiscalidade verde,
o tal imposto travestido de medida ambiental, vai ficar na história como a
medida mais eficaz na preservação ambiental, não porque os portugueses façam
tanta questão disso, mas mais por sentirem que se trata de um imposto
encapotado, e trata, e não quererem contribuir mais para os cofres do Estado.
Viva o Ambiente!
Mário
Fernandes;
21-02-2015
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