VIRÁ AÍ UMA NOVA EUROPA?
As eleições realizadas na Grécia no
último fim-de-semana, de onde saiu um novo governo, vindo totalmente de fora
das habituais alternâncias, trarão consigo uma nova europa?
Esta questão embora parece descabida
parece-me de grande pertinência, porque acredito que nada ficará como dantes. A
Grécia, tal como Portugal e outros pequenos Estados desta UE tem sido tratada
com total desprezo, em total desigualdade de direitos e sem qualquer
solidariedade. Se recuarmos um pouco na história, por incrível que pareça,
aqueles Estados que hoje esmifram a Grécia e a obrigam a viver abaixo do limite
do humanamente razoável, foram Estados que precisaram de ser ajudados em
alturas de aflição e puderam contar com essa solidariedade, a mesma que hoje
negam a outros.
Mas afinal que Europa é esta que trata
assim os seus Estados membros? Esta questão já a tenho trazido aqui vezes sem
conta e continuo a não vislumbrar qualquer resposta para a mesma. Que Europa é
esta, tão pronta a salvar Bancos e o setor financeiro e a deixar as pessoas sem
recursos para a sua sobrevivência? Que Europa é esta, onde se verificam tão
gritantes desigualdades, seja nas condições de trabalho, seja nos níveis de
remuneração? Que Europa é esta que obriga os nossos jovens, muitos deles
altamente qualificados e competentes a emigrar para países que sem nada
investirem na sua formação se vêm premiados com técnicos de elevadíssima
qualidade? Que Europa é esta, em que Estados recebem dinheiro para que lhes
seja emprestado dinheiro [veja-se o caso da Alemanha] e onde existem outros a
pagar juros [incomportáveis] de mais de 20% e de 30%?
Em 16 de setembro de 2011, escrevi e
publiquei na minha página do “facebook” um comentário que hoje aproveito para aqui
recordar;
“...A
GRÉCIA, FOI O BERÇO DA DEMOCRACIA!
Sinto-me
obrigado a emitir a minha opinião, numa altura de grande incerteza, para a
Nação e povo Grego. É sabido que a Grécia não tem dinheiro pagar os
salários dos funcionários públicos, já no próximo mês de Outubro. Apesar de
saberem isso, os Senhores Ministros das Finanças da EU, reunidos hoje na
Polónia, para tomar uma decisão de ajuda/ou não à Grécia, optaram por adiar tal
decisão, para, veja-se bem, meados de… Outubro! Pois então, assim é que se faz,
como se não fosse nada com eles. Como é que se pode exigir que um qualquer país
(neste caso a Grécia) cumpra, obrigando-a a juros de trinta e tal, quarenta por
cento? Isto não é sério meus amigos! Nem a Grécia consegue, nem nenhum outro
país do mundo inteiro o conseguiria! Se querem ajudar (como cinicamente o vão
afirmando) baixem-se os juros, deixe-se de lhes exigir mais austeridade e
apoiem-se, para que reencontrem o crescimento económico, criando emprego e
riqueza, para ai sim, poderem então começar a pagar as suas dividas, mas ao
mesmo tempo, restabelecerem alguma paz e estabilidade social. O que a Grécia
precisa é de uma ajuda sólida, com atos, com meios e com saberes.
A
Grécia foi o berço da democracia e até da própria Europa, não podemos ser
alheios a isso, nem o povo Grego pode pagar a fatura dos incompetentes que os
governaram, com a conivência da Senhora Ângela, do Senhor Sarkozy e de muitos
outros “dirigentes” Europeus. A Grécia tem que ser ajudada, caso contrário não
nos admiremos com o que daqui possa advir! Esta é a minha opinião!”
Vem esta transcrição da minha
publicação de 16 de setembro de 2011, na minha página do facebook [onde
facilmente pode ser consultada] a propósito daquilo que hoje se vive na Grécia.
Passados três anos e meio a situação pouco se alterou. Terá havido um perdão
parcial de divida, um segundo resgate e muitas avaliações pelo meio que mais
não serviram do que para carregar na austeridade e sufocar os grego. Depois
vieram eleições e os eleitores não perdoaram, varrendo da cena politica os
partidos da tradicional alternância [hoje ganho eu, amanhã ganhas tu e depois
estarei eu novamente de volta].
Não defendo perdões de divida, pois um
Estado que se queira fazer respeitar deve honrar os compromissos assumidos, mas
sou a favor de uma renegociação, de uma total revisão nas taxas de juro e nas
condições de financiamento. Tantas vezes tenho manifestado a minha
incompreensão pelo facto (só) agora concretizado pelo BCE, com a decisão de
emprestar dinheiro diretamente aos Estados, com igualdade de condições e juros
que se possam pagar. Como mais vale tarde que nunca, vamos ter já este mês de
fevereiro o BCE a injetar 60 mil milhões de euros por mês, durante os próximos
19 meses, que tanto pode ser na compra de divida pública dos Estados membros,
como a privados.
Ao contrário do que muitos
especialistas afirmar por ai, eu acredito que este novo governo Grego vai
trazer-nos uma nova… Europa. Uma Europa mais solidária e mais unida, uma Europa
que olhe para os seus povos, que olhe para as pessoas e pelas pessoas. Uma
Europa mais igual, mais segura e mais forte. Não pode haver Estados de primeira
e Estados de segunda e terceira categoria, nem podem existir politicas tão
díspares e desiguais.
Eu acredito por isso que este mesmo
povo que está no origem da democracia, acaba de dar novo contributo para a sua
revitalização e para mostrar a sua importância enquanto sistema político a
preservar e a defender. Acho que Portugal e o governo português pode e deve ser
solidário com os gregos e as suas dificuldades e aproveitar esta “lufada de ar
fresco” para exigir uma Europa mais solidária e politicas mais equitativas. Num
momento em que muitos dos responsáveis europeus parece ainda não saberem bem
como reagir, esteve muitíssimo bem o Presidente do Parlamento Europeu Sr. Martin
Schulz, que tomando a dianteira se encontrou com Tsipras, mostrando assim qual
deve ser o caminho a seguir. Nem o Syriza vai conseguir cumprir tudo o que
prometeu, e para tal até já tem uma boa desculpa, pois não tendo maioria, vai
ter que fazer cedências ao parceiro de coligação, nem a Europa vai deixar de
ajudar, apesar das declarações dos últimos dias de alguns dos seus
responsáveis. Havendo bom senso, ganha a Europa e ganham os europeus. E SIM,
VAMOS TER UMA NOVA EUROPA!
PASSOS
COELHO DESRESPEITOU OS ELEITORES GREGOS
Considero
totalmente desadequadas e desrespeitosas as declarações do Sr. Primeiro-ministro
no comentário que fez [algo do tipo, “…É
um conto de crianças, não existe”] ao resultado das recentes eleições na
Grécia.
ESPOSENDE
HOMENAGEOU O SEU MOTARD PAULO GONÇALVES
Os Esposendense fizeram questão de
homenagear o seu campeão das motos. Estive presente, como não podia deixar de
ser e gostei de ver a alegria contagiante do nosso campeão. Depois da
concentração junto aos Socorros a Náufragos demos inicio [eu na minha «Lotus»
de 1983, a minha primeira máquina de 2 rodas, que conservo] pelas 15 freguesias
do concelho. Na chegada havia um grande número de pessoas a aplaudir a chegada
dos motards superiormente liderados pelo Paulo Gonçalves. Chamado ao palco
foi-lhe oferecida uma lembrança, pelo Presidente da Câmara Municipal, Benjamim
Pereira. Tratou-se de um bonito quadro com o seu retrato. A encerrar houve
lugar a uma sessão de autógrafos, com bonitos pósteres do campeão. Mais uma
prova de que Esposende sabe valorizar e reconhecer o trabalho dos…Esposendenses
de excelência.
LUÍS FIGO
CANDIDATO A PRESIDENTE DA FIFA
Tem o meu voto! Aqui está um Português
de coragem, que se dispõe a romper com o estado de coisas a nível da cúpula do
futebol mundial. É inequívoco que está na hora de substituir o senhor que
comando o futebol há vários mandatos. Fico contente ao ver Figo dar o passo em
frente, sem medo dos lóbis e de interesses instalados. O facto de o anúncio
desta candidatura ter sido divulgado mundialmente em primeira mão pela CNN,
deixa-me um sinal de que a esperança existe e que Figo pode, com o estatuto que
lhe é reconhecido, chegar a presidente da “Fifa”. Fica bem claro que se há atividade
em que os portugueses se destacam a nível mundial é precisamente no futebol. As
bolas de ouro de Eusébio, Figo e Ronaldo, Mourinho [e o nosso Luís Campos] e
muitíssimos mais e nas mais variadas funções a levar o nome de Portugal a todo o
mundo.
ESTADO PÔS
À VENDA A «ESTAÇÃO RÁDIO NAVAL DE APÚLIA» E A «POUSADA DA JUVENTUDE FOZ DO
CÁVADO» EM FÃO
Espero que a Câmara Municipal esteja
atenta e procure fazer parte de soluções que sejam do interesse do concelho.
Mário Fernandes
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