terça-feira, 15 de abril de 2014

MAIS UMA CRÓNICA DE OPINIÃO NO SEMANÁRIO «NOTÍCIAS DE ESPOSENDE» DE 12.04.2014



SE PORTUGAL QUER GANHAR O FUTURO, ESTIMULAR O CRESCIMENTO, CRIAR EMPREGO E APOSTAR NA COESÃO SOCIAL E TERRITORIAL, TEM QUE SER RIGOROSO E EXIGENTE NA APLICAÇÃO DOS FUNDOS ESTRUTURAIS DO NOVO QREN!

Temos vindo a assistir à apresentação de muitos estudos, projetos e dados estatísticos que nos revelam os números do défice, do Pib, do crescimento económico, do emprego e do desemprego, da pobreza, das diferenças sociais e muitos outros. A «troika», embora com a saída à vista continua a sugerir a manutenção da austeridade exigindo mesmo que muitos dos cortes nos salários, nos subsídios e nas pensões se tornem definitivos.

O que eu acho é que esta insistência numa terapia duvidosa pode, em vez de curar, agravar a «doença»; Sabemos que o «FMI» representa os credores de Portugal, mas também sabemos que para estes pouco contam as dificuldades das famílias portuguesas; o que os credores querem são os juros e o seu dinheirinho de volta.

Portugal tem sido cobaia, ou seja, um autêntico laboratório de ensaio, com a agravante de sermos hoje um país sem moeda própria o que dificulta irremediavelmente a nossa situação, advindo daqui uma enorme diferença comparativamente com o passado e as anteriores intervenções do FMI.

Um dos principais problemas que nos trouxe até aqui, a seguir às más governações de vários governos e à própria crise internacional, foi o facto de este governo ter querido ir muito além da própria «Troika» em muitas das áreas fundamentais, pretendendo exibir-se como o bom aluno da Europa.

As Instituições da União Europeia deviam pensar, isso sim, em soluções globais para dar efectivas respostas aos desafios que se colocam aos Estados membros. Tem-se notado uma grande falta de solidariedade em prejuízo dos Estados do sul.

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MF


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