terça-feira, 18 de junho de 2013

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ESPOSENDE REUNIU ESTA 2ªFEIRA EM SESSÃO ORDINÁRIA

Assembleia Municipal de Esposende - sessão de 17.06.2013
Intervindo no período de antes do ordem do dia

«Assembleia Municipal de Esposende»
Sessão Ordinária de Junho – 17.06.2013


ORDEM DE TRABALHOS:
01 – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA:
02 – INFORMAÇÃO ESCRITA DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL:
03 – PERÍODO DA ORDEM DO DIA:
03.01 – CORRESPONDÊNCIA DIVERSA – PARA CONHECIMENTO.
03.02 – ACTA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, REALIZADA EM 11 DE FEVEREIRO DE 2013 – PROPOSTA DE APROVAÇÃO.
03.03 – ACTA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, REALIZADA EM 29 DE ABRIL DE 2013 – PROPOSTA DE APROVAÇÃO.
03.04 – CÂMARA MUNICIPAL – RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO DE RISCOS – ANO DE 2012 – PARA CONHECIMENTO.
03.05 – CÂMARA MUNICIPAL – PLANO DE GESTÃO DE RISCOS – ANO DE 2013 – PARA
CONHECIMENTO.
03.06 - ASSUNTOS DIVERSOS DE CARÁCTER GERAL.
04 – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO.


A sessão foi presidida pelo Presidente da Mesa, Couto dos Santos e em representação da Câmara esteve o Senhor Presidente da Câmara, João Cepa.

01 – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA:
Intervenções dos deputados Penteado Neiva, Manuel Carvoeiro, *Mário Fernandes e Berta Viana;

Apresentados 2 votos de pesar, subscritos por todas as bancadas:
- Voto de pesar pela morte de Belmira Fernandes, sogra do deputado Peres Filipe e tia do deputado e presidente da Junta de Freguesia de Curvos, Mário Fernandes - APROVADO POR UNANIMIDADE;
- Voto de pesar pela morte de António Martins de Oliveira, insigne Esposendense - APROVADO POR UNANIMIDADE.

02 – INFORMAÇÃO ESCRITA DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL:
Para além da informação enviada aos deputados o Senhor Presidente da Câmara convidou desde já todos os deputados a assistirem a um espetáculo do coro de Pequenos Cantores de Esposende, no dia 07/09, a realizar na Casa da Música no Porto.

03 – PERÍODO DA ORDEM DO DIA:
03.01 – CORRESPONDÊNCIA DIVERSA – PARA CONHECIMENTO.
Presidente da Assembleia deu conhecimento da correspondência recebida.

03.02 – ACTA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, REALIZADA EM 11 DE FEVEREIRO DE 2013 – PROPOSTA DE APROVAÇÃO.
Ata aprovada por maioria com 4 abstenções por ausência.

03.03 – ACTA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, REALIZADA EM 29 DE ABRIL DE 2013 – PROPOSTA DE APROVAÇÃO.
Ata aprovada por maioria com 2 abstenções por ausência.

03.04 – CÂMARA MUNICIPAL – RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO DE RISCOS – ANO DE 2012 – PARA CONHECIMENTO.
Foi para conhecimento.

03.05 – CÂMARA MUNICIPAL – PLANO DE GESTÃO DE RISCOS – ANO DE 2013 – PARA
CONHECIMENTO.
Foi para conhecimento.

03.06 - ASSUNTOS DIVERSOS DE CARÁCTER GERAL.
Não se verificou nenhuma intervenção.

04 – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO.
Não se verificou nenhuma intervenção.

No final foi lida a minuta da ata e mesma colocada à votação foi aprovada por unanimidade dos presentes.

O presidente da Mesa informou que a próxima sessão desta Assembleia Municipal se deverá realizar no dia 08 de Julho de 2013. 


INTERVENÇÃO DE MÁRIO FERNANDES, NO PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA:

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Esposende;
Demais membros da Mesa;
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Esposende;
Senhoras e Senhores Vereadores;
Caros Colegas Deputados;
Prezado público;
Comunicação Social;

Venho aqui mais uma vez intervir sobre a «Reforma Administrativa Autárquica» a tal que visa exclusivamente a extinção de Freguesias, mas não vou repetir os argumentos que já aqui elenquei por inúmeras vezes. Vou sim dar a conhecer a esta Assembleia que a Junta de Freguesia de Curvos, não vislumbrando alterações nas intenções do Governo, apesar das demissões e entradas no Ministério que tem a tutela, dando cumprimento àquilo que sempre afirmou, interpôs uma ACÇÃO no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, no passado dia 31 de Maio, contra a EXTINÇÃO DA FREGUESIA DE CURVOS, por discordar totalmente DESTA «Reforma Administrativa das Autarquias Locais» e das Leis que a sustentam, a Lei Nº 22/2012 de 31 de Maio e a Lei Nº 11-A/2013 de 28 de Janeiro, por considerar que as mesmas terão sido aprovadas por “facto legislativo ilícito” violando a Constituição da República Portuguesa e princípios elementares de um “Estado de Direito”.

Consideramos que nada justifica a extinção da Freguesia de Curvos, que a acontecer contribuiria para um retrocesso civilizacional inqualificável e traria prejuízos irreparáveis para todos, com repercussões no bem-estar e na paz social. As Freguesias são por excelência lugares de democracia e de proximidade e por isso de prontidão, onde se geram consensos, criam dinâmicas e potenciam recursos com vista ao progresso, ao desenvolvimento local e à qualidade de vida.

Com esta extinção de Freguesias estão a ir contra as políticas sociais e de inclusão e contra as populações, a quem nada foi perguntado e de quem nada quiseram ouvir. Consideramos que ESTA «Reforma Administrativa Territorial Autárquica» é claramente desnecessária e injustificada e a forma como foi realizada tornou-a injusta, parcial, incoerente e baseada em pressupostos errados, devendo resultar em graves prejuízos para as populações locais, em especial para as pessoas mais necessitadas e para as famílias mais vulneráveis e desprotegidas.

Para além de considerarmos tratar-se de uma decisão politica errada, porque criou um novo «mapa» que vai contra as pessoas e que é muito prejudicial para a coesão nacional e para o desenvolvimento de Portugal, achamos que é uma Reforma que trata de diferente forma as Freguesias, discriminando umas em prejuízo de outras, veja-se o tratamento dado às Freguesias da Região de Lisboa e às demais Freguesias do país.

Uma «reforma» desta dimensão precisa do envolvimento das pessoas precisa de tempo e deve ser feita com métodos claros e objectivos, sem discriminar Terras e pessoas. A Junta de Freguesia de Curvos sempre tem sabido responder aos permanentes desafios e contribuir para o desenvolvimento local.

A Freguesia de Curvos tem existência de séculos, tem uma história riquíssima, tradições únicas, património imaterial, arquitectónico e edificado de inigualável valor e uma população dinâmica e activa, que quer a manutenção da sua Freguesia de Curvos, porque a sua continuidade é do superior interesse de todos os Curvenses e amigos de Curvos.

Senhor Presidente da Assembleia;

Se para mim desde o início deste processo que é bem claro que estas extinções forçadas vão sair muito caras ao país, os portugueses começam agora a perceber que para além de não poupar nada ao Estado, esta extinção, feita desta forma apressada e atabalhoada vai sair muito cara a Portugal e aos Portugueses. Veja-se o caso recentemente noticiado, em que o Governo vai gastar mais de 5 milhões de euros só para escrever uma carta aos eleitores a informá-los da sua «nova»… Freguesia!

E agora para terminar, vou deixar aqui uma questão ao Governo e aproveitando a proximidade do Senhor Presidente, Engº Couto dos Santos, ao Governo, até por estar em Lisboa, peço-lhe que por favor transmita esta questão aos Senhores governantes:
Olhando aos custos que estas extinções forçadas vão provocar, custos financeiros e custos sociais, não seria aconselhável, sensato e benéfico para Portugal, o Governo aceitar a extinção das Freguesias que o desejam e que se manifestaram favoráveis, tendo apresentado propostas nas Assembleias Municipais e desistir de obrigar à extinção todas aquelas, que como as 15 do nosso concelho, dando voz às suas populações, sempre se manifestaram e manifestam contra?

Assim, poderiam acabar com as centenas de processos judiciais e arranjar uma saída inteligente, satisfazendo as populações locais.

Vivam as 15 Freguesias do Concelho de Esposende;

Viva a Freguesia de Curvos!

Mário Ferreira Fernandes
Presidente da Junta de Freguesia de Curvos
Membro da Assembleia Municipal de Esposende


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