”PORTUGAL
2020”
O
Governo aprovou esta 5ª feira, dia 25, em Conselho de Ministros o “Regulamento
de acesso aos fundos europeus do Portugal2020” com o valor de cerca de 21 mil milhões de euros. Mais informou que do anterior
programa ainda há uma verba de 3.600 milhões de euros por gastar, mas que tudo
fará para que nenhum dinheiro seja devolvido a “Bruxelas”. Leram bem, por
gastar, ou seja com o novo quadro a iniciar-se ainda há uma verba significativa
por aplicar.
Só
espero, como alias já aqui o escrevi, que haja rigor e transparência e uma
distribuição equitativa das verbas, aos milhões, deste novo programa de fundos da
União Europeia, por forma a tornar Portugal um país mais coeso, mais solidário
e mais desenvolvido. Que este “Portugal2020” reduza as enormes desigualdades
entro o Portugal citadino e metropolitano e o rural, entre o litoral e o
interior, entre o terreiro do paço e as demais regiões.
E
por falar em regiões, é nestes momentos que considero que é imperativo pegar novamente
no tema das regiões e na próxima legislatura levá-la à prática. Desde o longínquo
ano de 1976 que a Constituição da República Portuguesa prevê a regionalização em Portugal Continental.
Acontece que os vários governos têm adiado sucessivamente
esta divisão administrativa do território, que inclusivamente já foi a
referendo nacional no dia 8 de novembro de 1998, num projeto que criava 8 regiões,
mas que foi muito mal explicado às populações que assim a rejeitaram. O resultado do referendo foi
maioritário pelo não, embora como votaram menos de metade dos eleitores, o
resultado não era vinculativo embora o governo o tenha assumido como tal.
A
regionalização é um processo que visa a descentralização da administração pública
através da criação de regiões com critérios previamente definidos. Esta forma
de organização permitirá a resolução de questões estruturais das várias
regiões. Muitas das decisões tomadas em Lisboa passariam a ser decididas
regionalmente, por órgãos democraticamente eleitos [ao contrário dos ex.
governos civis], aproximando eleitos e eleitores e desta forma
responsabilizando ambos.
Há
um significativo número de vantagens que a regionalização pode trazer, como são
exemplo; mais eficiência na governação; mais proximidade e melhor conhecimento
das realidades locais; distribuição mais justa dos recursos; maior convergência
nacional, etc., etc., etc.
É
natural que um processo destes também tenha algumas desvantagens e têm-nas de
certeza, mas penso que o balanço é muito positivo, ficando o país a ganhar como
um todo. Aos que falam na criação de mais órgãos, mais tachos e mais caciquismo,
contraponho com a redução de custos, com eliminação significativa de inúmeros
cargos governamentais nacionais, para compensar a criação dos regionais. Ou
seja, menos secretários de estado e subsecretários, menos diretores e subdiretores
gerais, menos secretárias, menos assessores, menos gabinetes e menos viaturas,
menos instalações, menos consumíveis e mais baixos custos de funcionamento da
máquina do Estado.
Os
novos órgãos regionais podem gerir melhor a execução do quadro comunitário e
executá-lo com maior eficiência em benefício das populações. Um dos principais
problemas que condicionam a implementação da regionalização é que esta parece
nunca interessar a quem está no poder. É o medo de perder… poder! É exatamente
como a reforma do estado; Não se faz porque os seus autores seriam os
principais visados.
“OS
PECADOS DO P.e JOSÉ PILAR”. UM LIVRO DE JORGE FARIA
Este sábado, dia 27 de Setembro à noite vai ser apresentado no auditório paroquial de Palmeira de Faro o mais recente livro de Jorge Faria, intitulado “Os Pecados do P.e José Pilar”. Conhecendo bem o meu caro amigo Jorge Faria, um Curvense há muito radicado em Palmeira de Faro, homem das letras, possuidor de um invulgar humor e refinada ironia, brinda-nos com uma excelente publicação que vai dar gosto ler. Ler e reler e voltar a ler.
Este sábado, dia 27 de Setembro à noite vai ser apresentado no auditório paroquial de Palmeira de Faro o mais recente livro de Jorge Faria, intitulado “Os Pecados do P.e José Pilar”. Conhecendo bem o meu caro amigo Jorge Faria, um Curvense há muito radicado em Palmeira de Faro, homem das letras, possuidor de um invulgar humor e refinada ironia, brinda-nos com uma excelente publicação que vai dar gosto ler. Ler e reler e voltar a ler.
Da conversa que como sempre tive o prazer de
ter com o autor, acerca deste livro, retirei algumas notas que passo a
apresentar e que poderão servir de atrativo e reforço ao convite para que os caros
leitores possam estar presentes no lançamento da obra.
“Nesta obra concretiza-se um pouco do meu
sonho” foi logo a primeira tirada do escritor, pela sua incursão no romance. O
padre José Pilar, personagem principal da obra é um homem de Deus que trava um
permanente combate com o pecado da tentação da carne e do conforto económico.
Ama desmedidamente a Deus e ao próximo, mas esse amor vai trazer-lhe amargos de
boca, fazer crescer raivas e invejas, ciúmes e traições. Nas comemorações das
bodas de prata sacerdotais, os seus condiscípulos e superiores, criam um grande
enquadramento mas oferecem-lhe um presente envenenado. Vale a pena ler o
romance pois fala de nós, de gente simples, do povo, da igreja e da fé.
Com um sorriso nos lábios lá terminou “Aparece e
se houver alguém que não queira, trá-lo contigo também”. Pois eu lá estarei e aproveito para deixar
aqui o convite para que compareçam, porque segundo sei vamos ser presenteados
com um momento musical seguido da apresentação da obra em que os
oradores deverão debruçar-se sobre o romance nas suas vertentes linguísticas e
narratológicas. O escritor vai estar ao dispor para falar das motivações e de
tudo o mais e para autografar os originais que espera vender.
Trazer aqui esta obra é para mim um enorme
prazer, eu que já conheço muito daquilo que o Jorge Faria já escreveu e importa
aqui registar os prémios e as menções que obteve em vários concursos de
escrita, lembro o concurso de escrita de Curvos, por mim organizado na Junta de
Freguesia e intitulado «Curvos Encantos e Letras Soltas». Um forte abraço ao
Prof. Jorge Faria, como é conhecido e os maiores sucessos editoriais e já agora
fico à espera… do próximo!
“O
PLANETA TERRA”
Esta semana também foi apresentado no
auditório da Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura um livro infantil com o
titulo “O Planeta Terra” de autoria do escritor Paulo Fontes, com ilustrações
da designe Esposendense, Joana de Rosa.
Estive presente e gostei de ver o livro e a
apresentação realizada a explicar as técnicas utilizadas para a ilustração. As
maquetas apresentadas estão muito bonitas e com uma grande perfeição. Penso que
terão ficado no átrio da Biblioteca em exposição, para que possam ser vistas
por quem ali se dirigir. Parabéns ao autor, à ilustradora e à biblioteca, na
pessoa da sua responsável, também presente, Dr. Luísa Leite pela sessão de
apresentação e por terem convidado a Escola António correia de Oliveira a levar
as meninas e meninos do 5º e 6 anos à apresentação. Os alunos pareceu-me terem gostaram
muita da animada apresentação e colocaram várias questões, tanto ao autor como
à ilustradora. Foi uma atividade muito interessante, realizada fora da escola,
para levar os meninos à presença de escritores de livros para crianças e assim
cultivarem o gosto pela escrita e pela leitura.
Cá estou eu mais uma vez a apelar ao
Município para que seja criado um PRÉMIO LITERÁRIO MUNICIPAL que anualmente
possa premiar autores Esposendenses e distinguir obras de reconhecido valor e
interesse. O incentivo à escrita, ao aparecimento de novos autores, o despertar
para as riquezas do nosso Município, para a sua história e para fazer valer o tão
apelativo «Esposende Município Educador».
Mário
Fernandes,
27-09-2014
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