COM O FOGO NÃO SE BRINCA!
A PREVENÇÃO DE FOGOS FLORESTAIS É UMA PRIORIDADE
NACIONAL E DEPENDE DE TODOS!
Com a
chegada do mês de Junho, à porta, chega geralmente o infortúnio dos incêndios e
fogos florestais. Esta praga nacional segue-nos ano após ano e consome
enormíssimas áreas florestais em todo o país, causando prejuízos incalculáveis,
porque em primeiro lugar pode «ceifar» vidas humanas, tal como lamentavelmente aconteceu
no ano passado, com a morte de vários bombeiros em plena actividade; porque
prejudica o país a nível económico-financeiro; prejudica os particulares,
levando-lhes bens, cultivos e as próprias habitações; prejudica o ambiente e a
natureza e transforma muitas das áreas afetadas em autênticos pedaços de terra
queimada.
A floresta
tem uma ação e uma ligação direta com as populações, pelas suas riquezas como a
madeira, a cortiça, a caça, os cogumelos, o mel, a fauna e a flora e é uma
importante fonte de vida, com a indispensável renovação do oxigénio! A queima e
o abandono da floresta prejudicam muito o território nacional e provocam a
desertificação.
É importante
que as pessoas saibam que no período critico, de 1 de Julho a 30 de Setembro, é
totalmente proibido realizar qualquer tipo de fogueira ou queimada. Fora deste
período são possíveis, desde que aprovadas pelas entidades competentes;
Proteção civil, Bombeiros, GNR e Município. Devemos ter em atenção que durante
o Período Crítico nos espaços florestais e agrícolas não é permitido:
fumar, fazer lume ou fogueiras; fazer queimas ou queimadas; lançar foguetes e
balões de mecha acesa; fumigar ou desinfestar apiários salvo se os fumigadores
estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas; a circulação de
tratores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor,
sistema de retenção de fagulhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou
chaminés. Para os piqueniques deve levar-se comida já confecionada e que não
necessite de ser aquecida. O lixo deve ser sempre depositado em contentores,
nunca deixado na mata. Até parece fácil, mas não é. Por isso que se exige o
esforço de todos.
A defesa e a
preservação da floresta e da mata exigem de todos nós uma atitude cívica
pro-ativa, que torne mais eficaz a tão desejada prevenção de fogos, para que leve
à desejável poupança de vidas e de bens.
Esta atitude
deve começar pela limpeza das matas. No caso das propriedades privadas, devem
ser os privados a providenciar a sua atempada limpeza, recorrendo sempre que
isso se justifique a programas de ajuda, quer seja com candidaturas diretamente
dirigidas às entidades estatais, quer seja através das Associações Floreais,
Municípios ou Juntas de Freguesia. Existem inúmeros programas que contemplam
ajudas para fazer face aos custos, que não são nada pequenos, associados à
prevenção de fogos.
Em Curvos
sempre apresentei candidaturas, na altura ao IEFP e ao IPJ, sempre
contemplados, onde envolvi centenas de jovens que nas suas férias escolares [ou
desempregados] se ocupavam da limpeza e da vigilância da floresta,
desenvolvendo acções de sensibilização «in loco» junto dos proprietários para
os alertar para as graves consequências dos fogos, para a vida das pessoas, para
a economia local e para o meio ambiente. Todas as acções, desenvolvidas em mais
de uma década obtiveram o maior sucesso, tanto na prevenção como no combate,
como aconteceu com um dos fogos que nos atingiu, vindo de Vila Cova.
Deixo aqui uma sugestão às várias entidades concelhias,
Municípios; Freguesias; Associações humanitárias de bombeiros voluntários;
Organizações de produtores florestais; Organizações não-governamentais de
ambiente e Instituições particulares de solidariedade social (IPSS), para que
atuem nesta área, sensibilizando os seus colaboradores, munícipes, fregueses e
utentes e que se candidatem aos programas do IEFP para estas acções de
prevenção e de vigilância para que não mais aconteçam situações como aquelas
que há anos ocorreram no nosso concelho e concelhos vizinhos e das quais muito
bem nos lembramos, pela negativa.
O Governo anunciou muito recentemente um novo programa,
intitulado “Protocolo de Cooperação - Trabalho Social pelas Florestas”, ao qual
podem concorrer as entidades que acima enumerei. As acções propostas devem valorizar a proteção
da floresta, minorando os riscos, os efeitos e a dimensão dos fogos florestais,
e promovendo a sua florestação e reflorestação, através de projetos que têm
também uma componente de formação para desempregados e beneficiários do RSI. Os
projectos devem direccionar-se para as áreas de; Prevenção dos incêndios florestais e
minimização dos seus efeitos, através do desenvolvimento de
actividades como a silvicultura preventiva [gestão de combustíveis em faixas de
contenção e de proteção de aglomerados populacionais]; Manutenção e
beneficiação de infraestruturas e equipamentos no âmbito da defesa da floresta
contra incêndios e execução de atividades de limpeza dos campos de observação;
Vigilância dos espaços florestais; Reflorestação,
através da preparação do solo para plantação e/ou sementeira; Instalação de
novos povoamentos arbóreos; Acompanhamento fitossanitário de povoamentos recém-
instalados. As atividades devem ser prioritariamente desenvolvidas nos períodos
entre setembro e abril e Vigilância
dos espaços florestais, através da manutenção e preservação dos
postos de vigia;
Não me canso de afirmar que mais que combater é urgente que se
invista na prevenção dos incêndios e fogos florestais. Mais importante que o
combate aos fogos será evitar que estes deflagrem, mas para isso são
necessárias fortes políticas de educação e sensibilização ambiental, formação,
prevenção e vigilância.
Envolver a sociedade civil [voluntária] nos planos nacionais de
emergência da Protecção Civil de defesa da floresta contra incêndios, será um
importante passo e um forte contributo para que o número de fogos florestais
venha a diminuir de ano para ano. Todos nós devemos contribuir para a
preservação da natureza e do ambiente, cuidando assim do nosso ecossistema, da
sua fauna e flora. O planeta agradece.
Uma referência muito positiva para o «Guia de bolso» editado
pela Autoridade Nacional da Proteção Civil e pelos Bombeiros, com informações
muito uteis para a «Segurança no Combate a Incêndios Florestais».
OS GLOBOS DE OURO SÃO
[QUASE] SEMPRE PARA OS MESMOS. ASSIM NÃO VALE!
Esta semana assistimos a mais uma Gala dos Globos de Ouro, promovida pela
estação de televisão «SIC». Acontece que as categorias a premiar pecam pela
forma como juntam atitivades e modalidades tão diversas e por isso tão
diferentes. Juntar futebolistas com canoístas ou ciclistas, não me parece um
critério apurado, pois provoca logo à partida uma injusta desvantagem para os
atletas de modalidades cuja projecção nacional e mundial nada tem a ver com o
futebol. Por isso espero que para o ano sejam revistas algumas das categorias para
que a eleição dos melhores seja possível, valorizando o profissionalismo, a
entrega e o empenho dos atletas e os títulos conquistados. Parabéns à Gisela
João, Barcelense premiada e ao Esposendense João Ribeiro, pela sua segunda
nomeação!
«MADRILENOS» TOMAM CONTA DE LISBOA!
Este Sábado
deverão estar por Lisboa, no mínimo, duzentos mil Espanhóis! Amantes da bola, turistas
e visitantes! 400 Milhões de pessoas deverão ver pela tv esta final da Liga de
Campeões da Europa! No Estádio da Luz, apesar da ausência de clubes
portugueses, também se joga em português: De um lado Ronaldo, o
melhor do mundo e do outro Tiago, com um final de época
espectacular. Que vença o melhor!
Viva o
futebol e logo, logo, estará aí o Mundial do «Brasil»! E por falar em Espanhóis
[Atlético e Real], conseguirá Portugal destronar a «armada» Espanhola, actual
campeã da Europa, do Mundo e de novo da Europa? - Espero que sim! Estou
convencido que este vai ser o «nosso» Mundial.
CRISE; QUAL CRISE?
Esta “febre”
da bola, pelo futebol, com as televisões a explorar este filão até à exaustão,
com tantas e tantas reportagens e exageros nos diretos e com os portugueses literalmente
atrás dos Ronaldo’s & Companhia, «que se lixe a troika, a crise e as
eleições»!
Mário Fernandes
2014-05-24
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