PATRIMÓNIO PÚBLICO QUE PODIA SERVIR OS
ESPOSENDENSES, ENCONTRA-SE EM TOTAL ABANDONO E DEGRADAÇÃO!
A Estação Radio Naval de
Apúlia e o Forte de São João Baptista e Farol de Esposende são exemplos daquilo
que não deveria estar a acontecer. Este património poderia ser transferido para
a alçada das Instituições locais e assim servir o concelho de Esposende, tal
como acontece com os Socorros a Náufragos [Salva Vidas], hoje um dos ex-líbris
da cidade.
Quando se fala tanto na
transferência de competências para os Municípios [e para as próprias Juntas de
Freguesia] em áreas como a acção social, a educação e a gestão de equipamentos
públicos, e se esquece a manutenção e a transferência de equipamentos como os
que enumerei, parece nada fazer sentido. Estou a falar de dois equipamentos que
fazem parte da história do nosso concelho, ambos ligados ao mar, o primeiro sito
em Apúlia e pertença da Marinha Portuguesa, outrora de enorme importância para
o controlo do tráfego marítimo e aéreo e o segundo erigido na foz do Cávado
para proteger a sua entrada e dar apoio aos homens do Mar de Esposende.
É urgente que o governo transfira estes e outros
equipamentos públicos sediados no nosso concelho para a alçada de instituições
locais, Câmara Municipal, Juntas, ou associações concelhias, para que lhes seja
dada a devida utilidade, em prol do da população de Esposende e do seu
património.
Sou apologista da delegação
de competências do poder central nas instituições locais porque considero que
são estas quem melhor conhece as realidades locais, suas gentes, necessidades e
prioridades, sendo estas que sempre atuam com prontidão devido à sua
proximidade e familiaridade.
As instituições locais,
regra geral geridas por pessoas das próprias comunidades estão presentes e
sentem o pulsar das gentes e das suas organizações. Inteiram-se dos reais
problemas, quer sejam estruturais, sociais, educacionais e todas as outras que
vão preocupando as pessoas no seu dia-a-dia. Está provado, por dados
estatísticos e pela experiência, que a gestão dos recursos públicos se faz de
uma forma muito mais equilibrada e com uma eficiência muito superior à gestão
feita à distância pelo poder central, ou seja, com os mesmos meios podem
fazer-se muitas mais obras ou atividades.
Há, inequivocamente, um
conjunto de fatores que favorecem e potenciam uma gestão local mais eficaz e
mais eficiente, como o próprio facto de os eleitos serem pessoalmente conhecidos
dos seus eleitores, com quem se cruzam com regularidade e por isso sujeitos ao
seu escrutínio...
.../...
Leia na íntegra na edição em papel já nas bancas.
MF
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