quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

ESTATUTO DO ALUNO ESTEVE EM DEBATE NA CASA DA JUVENTUDE


Estatuto do Aluno em debate

O Estatuto do Aluno esteve em debate, na passada sexta-feira, na Casa da Juventude, em mais uma tertúlia das “Conversas na Casa…”. Pais, alunos e professores debruçaram-se sobre este tema e sobre as implicações que trará para a comunidade educativa.

Estiveram presentes dezenas de alunos, pais e professores. Também marcou presença a Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Esposende - Dr.ª Emília Vilarinho.

Como convidados, estiveram à mesma mesa Mário Fernandes, Presidente da Federação das Associações de Pais do Concelho de Esposende, Filomena Faria, Professora da Escola Secundária Henrique Medina, de Esposende, e Filipa Silva, Presidente da Associação de Estudantes deste estabelecimento de ensino, numa conversa moderada por Sara Cepa, Professora da Escola Profissional de Esposende.

Em representação dos pais e encarregados de educação, Mário Fernandes deixou claro que “os pais estão contra este estatuto, porque o objectivo é o inverso do que querem para os filhos”, sustentando que “vem premiar as ausências, os faltosos”. Na mesma linha de pensamento, a docente Filomena Faria considerou que “o aluno tem que passar por saber e não passar por passar”.

Por seu lado, a Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Henrique Medina referiu que a maior parte dos alunos desconhece o Estatuto do Aluno e as suas implicações.

Em torno do tema da tertúlia foram abordadas questões como o papel dos pais e encarregados de educação na vida escolar dos filhos, com os professores e os pais a defenderem uma participação activa. “Temos o direito e o dever de acompanhar os nossos filhos”, referiu um encarregado de educação presente, salientando a abertura da escola a essa relação de proximidade e comunicação.

As actividades de enriquecimento curricular e a carga horária dos estudantes foram outros dos aspectos focados na conversa, sendo que todos os agentes da comunidade educativa – professores, alunos e pais – consideram que é excessiva a actividade lectiva.

“As actividades extra-curriculares funcionam, como actividades curriculares”, apontou a Professora Filomena Faria, enquanto que Mário Fernandes referiu que no 1.º Ciclo do Ensino Básico “as actividades de enriquecimento curricular são normais e regulares” e no ensino secundário “os alunos não sabem o que são ‘furos’, porque têm as aulas de substituição”.

Os pontos de maior controvérsia foram mesmo o regime de faltas, as provas de recuperação, e as sanções.

MF

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